Ao ouvir a palavra "poder" muitas sensações podem aflorar em nós e nem sempre estas sensações são positivas. Por muitas encarnações ouvimos e também pregamos sobre os males do poder, ou o perseguimos desmedidamente prejudicando a outros causando arrependimento e associando a ele um sentimento de culpa, ou até mesmo já estivemos em posições de muito poder e por isso fomos perseguidos, traídos ou mal interpretados.
Por esses e muitos outros motivos, a situação hoje é que rejeitamos e temos medo de assumir nosso próprio poder. Porém, assim como o dinheiro, o poder não tem culpa do uso que fazem dele. O poder é sagrado, divino, e resgatar nosso poder em toda sua potência faz parte do nosso aprendizado espiritual aqui neste plano.
Neste processo de resgate do poder pessoal nos deparamos com muitas situações que trazemos em nossa bagagem emocional e que precisamos curar para podermos fazer nossa vida deslanchar de vez. É preciso, então, primeiramente humildade para reconhecer nossas próprias fraquezas e identificar as crenças que estão por traz delas.
Ao contrário do que pensam, poder pessoal não está relacionado com dominar ou mandar nos outros, estar acima da lei ou passar por cima de qualquer um para atingir seus objetivos, isso são falhas de caráter. O poder pessoal vem do terceiro chakra (Plexo Solar) e está relacionado com a força e convicção necessárias para definir nossos limites pessoais, confiar na nossa capacidade de ser bem-sucedido e realizar as aspirações de nossa alma aqui na matéria. Este também é o chakra da ação e sem o poder não há ação, nem realização.
Dessa forma, o Plexo Solar relaciona-se com o "amar a si mesmo", o chakra cardíaco com o "amar ao próximo" e o laríngeo com o "amar a Deus", ou seja, sem poder pessoal nossa consciência não tem a estrutura necessária para vivenciar o amor incondicional e muito menos sustentar a união com Deus.
Quando dizemos sim querendo dizer não, quando damos mais atenção à opinião dos outros do que a nossa, quando desvalorizamos nossas vontades e desejos ou quando nos comparamos negativamente em relação a alguém, estamos diminuindo nosso poder e dando-o aos outros.
Para conduzir nossa vida da maneira que desejamos e receber as bênçãos que merecemos, precisamos primeiramente estar do nosso próprio lado. Aprender a nos automotivar e nos autoimpulsionar a irmos para frente, a não aceitarmos menos do que aquilo que merecemos, a não entrarmos na postura de vítima, a não nos deixarmos abater nos momentos difíceis e a não deixar de acreditar em nós mesmos por causa de opiniões alheias.
Poder é a força que dá sustentação para que a alma se sinta segura de estabelecer-se aqui sem sentir-se agredida ou presa por crenças, medos ou culpas captados de pessoas ou do ambiente.
Assumir a responsabilidade pelo que somos, pelo ambiente onde vivemos e pelas situações que criamos, até então, em nossas vidas é essencial para sairmos do papel de vítima e assumirmos nossa qualidade de criadores conscientes daquilo que vivenciamos. Dessa forma, a chave para recuperar o poder pessoal é decidir agora, não importa como você esteja se sentindo, que fará o melhor que pode para extrair o melhor daquele momento. Seja mudando seu foco, sua postura ou sua atitude, desapegue do sentimento atual e busque pensamentos que possam levá-lo a outros sentimentos até que esteja se sentindo melhor.
Outro ponto é a disciplina necessária para insistir na própria cura. Disciplina é fundamental e disciplina é Poder. Disciplina significa que quando você diz algo a você mesmo, você faz. Significa que sua palavra tem valor, que você sabe que pode contar com você mesmo e que não ficará desapontado. A maioria das pessoas não podem contar consigo mesmas, por isso elas associam disciplina com ser metódico ou com falta de liberdade, mas na verdade disciplina é liberdade.
Finalizando, assumir as rédeas da própria vida significa livrar-nos da dependência dos outros para a felicidade, lutar pelos próprios ideais e ir atrás do que desejamos e necessitamos. Assumimos nosso poder quando amamos a nós mesmos em todos os nossos aspectos e respeitamo-nos como seres dignos e sagrados, lembrando sempre que somos todos iguais, mas que a pessoa mais importante de nossas vidas somos nós mesmos.
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