Encontrando e seguindo a sua paixão na vida
Jeshua canalizado por Pamela
Kribbe
Queridos amigos,
Falo com vocês a partir do coração da consciência Crística.
Eu sou Jeshua, mas não sou apenas essa personalidade em especial, que viveu na
Terra há dois mil anos atrás.
Aqui, eu represento
mais do que isso.
Eu represento a energia Crística que vive e vibra nos
corações de todos vocês.
Portanto, aquele que
fala aqui agora também representa a sua própria energia e vibração; é o seu
próprio desejo sincero que se transforma em palavras nesta sala na qual estamos
sentados.
Estarmos juntos desta forma não é simplesmente uma questão
de fazermos uma palestra… é uma reunião e comemoração da Nova Era.
O despertar de uma nova consciência parece estar muito
distante, às vezes. Parece haver tanta desarmonia e conflito no seu mundo e, na
verdade, dentro de vocês mesmos também.
No entanto, o despertar começou. Uma nova dimensão de
consciência está nascendo na Terra neste instante, e depois de um longo estágio
de preparação, ela finalmente alcançará uma base segura e irradiará uma onda de
iluminação por toda a Terra.
Todos vocês fazem parte dessa onda de consciência
recém-desperta que está tomando conta da Terra neste instante. Em muitos
sentidos, vocês são essa onda de energia.
“Entrega e controle” é uma questão importante nesse processo
de despertar espiritual, tanto no nível individual, quanto no coletivo.
No nível político, os líderes mundiais com freqüência se
defrontam com essa questão.
Ainda é muito difícil ter uma responsabilidade política e
tomar decisões a partir do coração.
Parece que a política ainda não está pronta para isto.
No entanto, entregar-se à sabedoria do coração é o único
meio de sair dos grandes conflitos neste momento; é a única oportunidade para a
solução pacífica desses conflitos.
A percepção de que é possível a conexão e a unidade entre as
pessoas de todas as diferentes raças, religiões e culturas é a base para a paz
mundial.
O reconhecimento uns dos outros como seres humanos, apesar
das diferenças externas, está crescendo entre a população do mundo, e em parte
é estimulado pela sua informática moderna, que diminui enormemente as
distâncias de tempo e espaço.
Ao mesmo tempo, o crescimento em direção ao entendimento
mútuo é ameaçado pelo velho conceito de “nós” e “eles”, que é baseado no medo.
Pensar em termos de bom e mau, certo e errado, “nós” e “eles”, perpetua as
antiqüíssimas hostilidades e alimenta uma grande parte do caos emocional.
Estes conceitos decisivos ainda são usados pelos políticos
para sustentar o seu poder.
Entretanto, o que em última análise determina a realidade no
nível político é você, o indivíduo.
A política reflete a consciência da maioria dos indivíduos
juntos. É através da conscientização de muitos indivíduos juntos, que um novo
nível de consciência toma vida.
Em vez de me estender
no nível político, eu gostaria agora de falar sobre o nível individual, no qual
todos vocês estão trabalhando para integrar a energia do coração em suas vidas
e no qual vocês estão lidando com a questão da entrega e controle.
Enquanto isso, peço-lhes que simplesmente sintam a energia
da entrega, sintam como hoje ela está concentrada aqui e está fluindo dos seus
corações.
Todos vocês anseiam intensamente pela sensação de liberação
e confiança que é inerente à entrega, ao desapego.
Mas muitas vezes
vocês ainda não sabem como integrar essa energia na sua vida diária.
Qual é a fonte do controle na vida?
Por controle, eu quero dizer: a vontade de exercer poder
sobre a vida, forçando o fluxo de acordo com os seus desejos, com o que você
percebe como certo e justo.
Por que você quer exercer controle sobre a sua vida, vivendo
continuamente em tensão e ansiedade por causa disso?
A fonte do controle é o medo.
O medo está profundamente enraizado na estrutura da sua
vida: na sua educação e na sociedade.
Os mecanismos de controle estão presentes em todo lugar e
lhe são ensinados como bons hábitos.
Aparentemente, você é
uma pessoa sensata e racional, se você quer ter controle sobre a sua vida e,
conseqüentemente, organizá-la.
A entrega e a imprevisibilidade incutem uma sensação de medo
em você. Você associa entregar com desistir, não saber o que fazer, ser
dominado pelo caos emocional ou crise.
Entretanto, esta é uma concepção muito limitada de entrega.
É uma concepção
nascida do medo, da consciência baseada no medo. Existe um conceito muito mais
positivo de entrega, que indica um estilo de vida, um modo de ser, no qual você
leva a sua vida com confiança, sem a necessidade de controlar, forçar ou
manipulá-la.
O ego anseia por controle porque ele tem medo. O ego se
identifica com imagens que não vêm da alma, mas são alimentadas pelo mundo
exterior.
O ego está constantemente correndo para preservar sua
auto-imagem, seja ela a de um homem de negócios bem sucedido, de uma dona de
casa atenciosa, ou de um terapeuta capaz.
Ele quer manter essa
imagem para ter controle sobre os pensamentos das outras pessoas sobre você.
Entretanto, sempre
existem momentos em que o ego falha e perde. Este pode ser o caso quando você
fica estressado, doente ou quando o seu relacionamento fracassa.
O ego considera tais crises – que num certo ponto forçam
você a deixar ir e se entregar – como golpes mortais.
Assim, o ego associa entrega com crise.
O ego vive numa contínua alternância entre controle e crise.
Com freqüência, em momentos de verdadeira crise em sua vida,
você é encorajado a olhar para o tesouro escondido dentro de você.
Existe sempre um
elemento positivo escondido nas crises, que lhe dá um sinal para que você chegue
mais perto da sua essência.
Dessa forma, a vida
está sempre levando-o para mais perto de si mesmo, do seu conhecimento e
sabedoria internos, mesmo que você viva de acordo com os ditames do ego.
Pois sempre haverá
situações em sua vida que o desafiarão a se entregar mais cedo ou mais tarde.
A vida está sempre lhe oferecendo oportunidades para
escolher a entrega como um estilo de vida.
Você sabe disso.
Todos vocês conhecem estes momentos de entrega após uma
crise, momentos preciosos de clareza e consciência, nos quais vocês percebem
que são levados pelo fluxo de uma respiração divina invisível.
Vocês percebem que esse fluxo divino de vida quer o melhor
para vocês, e que vocês podem confiar nele, mesmo que ele não lhes traga
exatamente aquilo que vocês esperavam.
O que vocês todos
desejam é viver mais permanentemente de acordo com essa consciência superior; é
incorporar esse modo de vida no seu dia-a-dia, sem ter que ser empurrado para
ele por profundas crises e desespero. Todos vocês anseiam pela entrega como um
estilo de vida.
Todos vocês são guerreiros exaustos.
Vocês vêm de uma longa jornada.
Algumas vezes vocês se sentem muito velhos e cansados
internamente, mas é melhor dizer que vocês estão é muito cansados do velho…
Vocês estão buscando um modo de ser que seja isento de
esforço – que seja inspirador e, ao mesmo tempo, leve e fluido.
A chave é não se
esvaziarem em seus relacionamentos, trabalho ou outras metas até “quebrarem” e
então serem forçados pela crise a se entregarem. Dêem um passo adiante, ou dêem
um passo para trás, e focalizem um estilo de vida que é sempre marcado pelo
desapego, confiança e entrega. Entregar-se significa: não lutar, não resistir,
mas seguir o fluxo da vida, confiando que a vida lhes dará exatamente o que
vocês precisam. Confiem que as suas necessidades são conhecidas e serão
satisfeitas.
Aceitem o que está na
vida de vocês neste momento e estejam presentes nisso.
É sobre este modo de
vida que eu gostaria de falar, porque seu anseio por ele é profundo e sincero.
É um anseio espiritual que vem da alma de cada um de vocês, do fluxo divino no
interior de cada um de vocês.
BLOQUEIOS NO CAMINHO DA ENTREGA: TRÊS FALSOS DEUSES
Por um lado, vocês desejam tirar suas máscaras e viver
abertamente de acordo com o plano original das suas almas.
Vocês anseiam por sinceridade, honestidade, amor e conexão.
Por outro lado,
deixar cair essas máscaras é algo muito difícil para vocês. Vocês foram
educados com crenças e estruturas que acabaram se enraizando em sua psique e
que os impede de se conectar com sua própria alma.
Eu gostaria de citar,
em especial, três ídolos ou “falsos deuses” para os quais vocês freqüentemente
se dirigem para pedir orientação, mas que na verdade tiram vocês do seu centro,
do equilíbrio necessário para que vivam entregues a quem vocês realmente são.
O PRIMEIRO ÍDOLO: DEUS COMO UMA AUTORIDADE ACIMA DE VOCÊS
O primeiro falso deus é o próprio Deus, isto é, Deus
concebido como o senhor e mestre da criação.
Esse tipo de Deus é
uma construção humana, uma imagem de Deus que tem influenciado profundamente a
sua cultura.
Muitos de vocês pensam que se desapegaram desta imagem
tradicional de Deus.
Vocês dizem a si mesmos que não acreditam mais em um Deus
julgador, que castiga, que se coloca muito acima de vocês e mantém um registro
dos seus sucessos e falhas, como um professor escolar.
Vocês dizem que acreditam num Deus de Amor, que os perdoa o
tempo todo e que cuida de vocês e os encoraja.
No entanto, na forma rígida e sem amor com que vocês
freqüentemente tratam a si mesmos, este velho Deus ainda está muito vivo!
Vocês não dizem muitas vezes a si mesmos que falharam, que
não estão certos, que deveriam ter progredido mais, seja na área dos
relacionamentos, do trabalho, ou da espiritualidade?
Vocês se torturam com idéias do tipo: eu não correspondo às
expectativas de Deus, eu estou decepcionando os meus guias espirituais ou o meu
eu superior, eu falhei na minha missão, eu não estou contribuindo com nada de
significativo para o mundo.
Muitos de vocês acreditam – secretamente, por assim dizer –
que existe uma ordem superior à qual vocês devem atender ou obedecer.
Seja uma “missão da alma” ou um “caminho de vida” que foi
estabelecido para vocês, ou uma hierarquia espiritual que lhes atribuiu um
“dever”, ou um guia espiritual que lhes diz o que fazer ou aonde ir… em todos
esses casos, vocês acreditam na existência de uma autoridade superior, um nível
espiritual acima de vocês, ao qual é bom que vocês ouçam.
Mas, no momento em
que vocês acreditam em uma autoridade externa a vocês mesmos, que tem a
capacidade de lhes oferecer orientação sobre o que vocês deveriam fazer na
vida, nós estamos de volta ao Deus tradicional. De acordo com essa imagem,
existe um nível da verdade, no qual as coisas são fixas e determinadas, e tudo
o que vocês podem fazer é viver de acordo ou não com isso. Esta é uma falsa
imagem.
Certamente, quando você nasce, existem intenções na sua alma
para a vida à sua frente.
Pode-se chamar isto de propósito elevado para esta
encarnação, mas isso não foi ordenado por ninguém externo a você.
Foi você mesmo que o escolheu e nasceu dos seus próprios
desejos e anseios.
As coisas na sua vida
que são “pré-determinadas” – no sentido de terem muita possibilidade de
acontecer, pois nada está completamente fixado – foram criadas e escolhidas por
você.
Você pode se conectar
com o seu propósito de vida ou inspiração mais elevada a qualquer momento,
ouvindo os seus sentimentos, a voz do seu coração, os seus anseios mais
profundos.
Eu o aconselho a não ouvir demais as doutrinas espirituais
que estão cheias de regras sobre como você deve viver.
Ouça especialmente a sua assim chamada parte inferior: as
emoções poderosas que se manifestam em você no seu dia-a-dia. Através dessas
emoções, a sua alma está tentando se conectar com você e lhe dizer alguma
coisa.
Se você quiser saber o que a sua alma quer lhe dizer neste
momento, olhe para as emoções que freqüentemente se repetem na sua vida e que
mais o absorvem.
Olhe para elas de um
modo amável mas honesto. Não acuse ninguém mais pelas suas emoções, não preste
atenção a causas externas a você; veja-as como resultado das suas próprias
escolhas.
Por exemplo, se você
está sempre zangado e aborrecido, de onde isso vem? Existe algo que está lhe
fazendo falta? O que a raiva lhe diz?
Qual é a mensagem escondida dentro dela?
É uma sensação de não
ser reconhecido ou valorizado pelos outros? Você está com medo de lhes mostrar
quem você é?
Está com medo de defender a sua verdade?
Você esconde os seus
sentimentos com muita freqüência e lhe é difícil estabelecer claramente os seus
limites?
Freqüentemente, através da raiva, uma mensagem autêntica
está gritando para você: um anseio de ser quem você é, de mostrar a energia
original da sua alma para o mundo.
Se você reconhece o anseio da sua alma através da raiva,
você está enxergando o seu eu angélico brilhando através da sua criança
interior.
O anjo dentro de você é o “eu superior” que quer conectar-se
com a realidade física, encarnar e irradiar sua luz sobre a realidade da Terra.
É a parte conhecedora.
A sua criança interior é a paixão da própria vida: é desejo,
emoção e criatividade. É a parte que experiencia, a parte experimentadora. A
sua parte criança é o seu “eu inferior”.
A criança interior é
uma fonte de alegria e criatividade, quando ela vive em harmonia com o seu anjo
interno. Mas se ela se desvencilha dos cuidados amorosos do anjo e sai à
deriva, ela se torna a fonte de emoções descontroladas. A raiva transforma-se
em ódio e vingança. O medo se degenera em defesa, neurose e frustração. A
tristeza se deteriora em depressão e amargura. As emoções originais são
indicadores… mensagens da sua parte experimentadora.
É essa criança que, através das emoções, estende as mãos
para o seu anjo interno. As emoções expressam a experiência pura, desconhecida.
Elas são uma expressão do mal-entendimento.
É através da conexão
com o anjo que as emoções podem ser tomadas como indicadores e compreendidas.
Desta forma, as emoções tornam-se instrumentos de
transformação e exploração: o “eu inferior” enriquece e realiza o eu superior,
ao suprir a parte conhecedora com conteúdo sentido.
O seu anjo interior se anima e experiencia uma alegria profunda,
quando lhe é permitido iluminar a criança.
E quando o seu eu superior irradia sua luz desta forma, o
seu corpo emocional se aquieta e adquire equilíbrio.
O fruto do fluxo conjunto do anjo e da criança é um
conhecimento intuitivo, interno, que pode permear a sua vida com luz e ausência
de esforço.
Os seus princípios superior e inferior – o anjo e a criança
– formam um todo orgânico e significativo.
Portanto, os conceitos de “superior” e inferior” não são
realmente corretos. Na verdade, trata-se de um jogo alegre entre “saber” e
“experienciar”.
Esse
inter-relacionamento, esse exercício de influência recíproca, é que leva à
sabedoria verdadeira e encarnada (no sentido de oposta à teórica).
Para obter orientação sobre a sua vida no momento presente,
você pode se dirigir, de preferência, à sua criança interior.
Ao lhe dar a atenção que ela precisa, você preenche-a com
sua consciência mais elevada, com o toque do anjo.
Para ilustrar esta situação, vamos voltar ao exemplo
anterior, no qual eu falei da raiva e irritação.
Uma vez que você
tenha se conectado com essas emoções e imaginado-as como uma criança, você pode
convidar essa criança a vir até você.
Você pode lhe
perguntar com o que ela está zangada ou aborrecida, e o que ela precisa de você
para se curar.
Deixe que a criança
lhe responda e permita que ela se expresse muito claramente. Imagine-a
conversando com você de uma forma muito viva, alegre, com uma expressão facial
nítida e com uma clara linguagem corporal. Talvez ela lhe dê respostas
específicas, do tipo “Quero que você largue o seu trabalho!” ou “Quero ter
lições de dança!”, ou talvez sejam respostas mais genéricas, como “Preciso brincar
e relaxar mais” ou
“Não posso ser boazinha o tempo todo, você sabe!”
Leve a resposta a sério e viva de acordo com ela, tanto
quanto possível. Talvez você não possa fazer instantaneamente as coisas que a
sua criança interior deseja, mas você pode começar devagar e passo a passo a
realizar os seus anseios.
Se você abraça com amor e aceitação a sua criança interior que está zangada, assustada
ou triste, ela é tocada pelo seu anjo interior e o resultado é que a sua alma
fala com você.
Comece com as emoções; descubra os verdadeiros desejos por
trás dessas emoções, e encontre um modo de realizá-los passo a passo.
Na imagem que estou descrevendo de um anjo e uma criança
internos, não há nenhum espaço para a figura de um Deus autoritário.
O “superior” e o
“inferior” complementam um ao outro, em um relacionamento que evolui
dinamicamente.
O anjo não impõe nenhuma regra à criança, e a criança também
não tem autoridade sobre o anjo.
É através da
influência recíproca entre ambos que você descobre o que é certo para você
neste momento.
Você encontrará os objetivos da sua vida através dessa
ligação íntima entre o anjo e a criança.
Nesta conexão, você
descobre o que realmente mexe com você e leva-o adiante. Nenhuma autoridade
externa pode substituir essa conexão ou fazer essa conexão por você.
Um professor só pode lhe indicar essa área interna sagrada,
onde você pode permitir que a sua criança interior seja cuidada e inspirada
pelo seu anjo interior.
Nessa área, você
descobre quem você é e qual é a sua paixão. Diretrizes gerais sobre como viver
uma vida espiritual são quase sempre inadequadas, ou pelo menos não são de
natureza universal.
A verdade não tem forma. Cada criatura tem sua própria
forma, seu próprio modo de viver a Verdade.
Este é o milagre da sua essência de alma única.
Os verdadeiros professores espirituais não ensinam
específicos “faças” ou “não faças”, tais como “não coma carne” ou “medite duas
horas por dia”. Um verdadeiro professor sabe que tudo se trata de cada um
encontrar a sua própria verdade, em profunda comunhão consigo mesmo.
Os professores podem indicar o que foi útil a eles, no
caminho deles, mas não transformarão isso numa regra ou dogma.
Se você der uma olhada na forma em que Deus foi retratado na
maioria das suas tradições religiosas, vai perceber que isso é exatamente o que
acontece com elas.
A maior parte é constituída por tradições de medo e abuso de
poder. A necessidade de regras e dogmas claramente restritivos e a tendência a
organizações hierárquicas sempre mostram que o medo e o poder estão em jogo.
No entanto, a mesma coisa acontece com a espiritualidade da
nova era. Tomem por exemplo as inúmeras predições e teorias especulativas em
circulação atualmente.
Se você vai atrás
disso sem consultar seus próprios sentimentos básicos a respeito, você pode
ficar inseguro e começar a se perguntar “será que estou fazendo as coisas
direito?”, “e se eu perder o barco (ou astronave…) em 2012?” ou “será que o
estado dos meus chakras está suficientemente puro para eu entrar na 5a
dimensão?” Este tipo de perguntas com certeza não é útil para o seu crescimento
interior.
Eu lhe peço: volte-se
para dentro de si mesmo.
Não focalize o
movimento dos planetas e estrelas, as mudanças climáticas, ou o julgamento de
um “mestre ascensionado”, para determinar o seu próprio nível de
auto-realização.
Você é o centro do seu universo, o padrão e a pedra de toque
do seu mundo.
Não existe nenhum Deus externo a você, que sabe melhor ou
que determina as coisas para você.
O Deus, que antigamente você projetou fora de você, não só
reside dentro de você, como também não é onisciente.
O princípio divino que existe em você e em toda a criação é
uma força alegre, que cresce e evolui de forma aberta e imprevisível.
Nesta imagem, o “inferior” tem uma razão indubitável para
existir; ele é o combustível para o crescimento e a realização.
Luz e escuridão têm
seus próprios papeis, e é na aceitação de ambas que você se ilumina.
A aspiração de alguns grupos espirituais de alcançar a luz
de um modo unilateral, ignorando ou lutando contra a escuridão, cria
desequilíbrio e uma resistência sutil (e desprezo) pela vida na Terra.
Fazer coisas erradas, cometer enganos, é correto e pode até
lhe trazer um crescimento maior do que tentar evitar erros.
Nas “coisas ruins” existe uma semente de luz adormecida.
Somente vivenciando o ruim do seu interior, é que você pode experienciar o bom
como bonito, puro e verdadeiro.
Você não pode
aprender a partir do “não ter”.
Você, Deus dentro de
você, mergulhou nas profundezas (na realidade material) para se tornar
conhecedor através da experiência, não para aplicar o conhecimento à
experiência.
Neste sentido, não existem muitas coisas que são
não-espirituais.
Toda experiência é sagrada e significativa.
Não se deixe guiar por leis externas, que determinam o que é
saudável, certo e espiritualizado para você fazer.
A pedra de toque é o seu próprio coração: se ele sente que é
certo para você, então está bem. Libere qualquer outra coisa.
O SEGUNDO ÍDOLO: OS PADRÕES E IDEAIS DA SOCIEDADE.
Outro falso deus que o afasta da energia original da sua
alma é a “sociedade”: os padrões e os valores que controlam o seu mundo social
lhes são transmitidos através da sua criação, educação e do ambiente em que
você trabalha.
Muitos dos ideais da
sociedade estão enraizados no medo, na necessidade de controlar e estruturar a
vida, para que ela se transforme num playground perfeitamente organizado.
Muitas regras de
comportamento não são tão inspiradas no que as pessoas verdadeiramente sentem e
experienciam, mas na impressão que se tem de fora.
Tentar viver segundo tais padrões externos de conduta pode
lhe causar uma grande pressão.
Pense no medo de “não se ajustar”, de não ter realizado o
suficiente, de não ser suficientemente bonito, de não ter nenhum
relacionamento, etc, etc... Quando você se compara com imagens irreais de
sucesso e felicidade, a sua energia criativa fica emperrada e você não se sente
mais à vontade neste mundo.
Por causa desses “faças” e “não faças”, que se tornaram como
uma segunda pele, você mal se atreve a explorar a sua criatividade original.
Você tem medo de dar um passo para fora da trilha conhecida.
Mas é justamente esta energia original da alma, a energia
que quer fluir unicamente de você, que é tão bem-vinda na Terra!
É esta parte de você
que tem o propósito de provocar a transformação da consciência na Terra, neste
momento.
Conectar-se com os seus impulsos criativos e expressá-los à
sua maneira única, exclusiva, muitas vezes exige que você se desvie dos
objetivos e ideais da sociedade.
Pode ser, por
exemplo, que o seu ritmo natural de explorar a si mesmo e depois se expressar
no nível material não se ajuste aos esquemas da sociedade relacionados a como e
quando alcançar certas coisas na vida.
Pode ser que primeiro você passe por um longo processo de se
conhecer profundamente, sem conseguir ou produzir nada no nível externo.
Embora isto possa dar às pessoas a impressão de ineficiência
ou fracasso, você pode estar trabalhando muito duro no nível interno,
descobrindo várias coisas valiosas a respeito de si mesmo.
Dê-se um tempo para descobrir quem você é, para onde a sua
energia natural o conduz, e para integrá-la no seu ser físico e emocional.
Não dê atenção para o sucesso externo.
Focalize aquilo que
você sente que é bom e correto para você, aquilo que faz com que você se sinta
relaxado e inspirado.
Se você encontrar
este modo de viver e experienciar paz e quietude internas, você vai ter mais
facilidade para entrar em contato com a energia natural da sua alma.
As pessoas têm muito medo daquilo que a sociedade determina
e espera delas.
O estranho nisso é
que a “sociedade” como tal nem mesmo existe.
O que nós temos é uma grande quantidade de pessoas juntas,
cada uma com seus desejos sinceros e com seus medos profundamente assentados.
Todos desejam ser livres, no sentido mais profundo da palavra; simplesmente ser
quem eles são, sem medo de serem julgados pelos “outros”.
Portanto pense de
novo sempre que você estiver dando muita atenção ao que os outros pensam de
você.
Você também está sendo o pior inimigo dos outros, pois, ao
se sujeitar às regras deles e temer seus julgamentos, você mantém vivos os
falsos ideais e sufoca ainda mais a si mesmo e aos outros.
Você se transforma em “sociedade” para alguém mais.
Especialmente vocês, que são os pioneiros da Nova Era, podem
ser um exemplo para as pessoas que estão presas no medo.
Você é um exemplo quando realmente apóia a si mesmo, ouve
com atenção os seus sentimentos, vive de acordo com eles e se liberta dos
julgamentos externos.
Estes julgamentos
nascem do medo, não do amor, e freqüentemente baseiam-se em regras e códigos
antigos dos quais ninguém mais se lembra qual é a verdadeira origem.
Estes velhos padrões,
que não têm mais nenhuma conexão com o coração humano, esperam para ser
transformados a partir do interior, por pessoas que ousam abrir novas
perspectivas.
A sociedade espera por você, espera por ideais e padrões
inspirados que ajudem as pessoas a se conectar com seus corações e com seus
verdadeiros desejos.
Você contribui para a transformação da consciência coletiva
sendo um exemplo de amor em vez de um seguidor do medo.
Atreva-se a convidar a sua parte brincalhona, infantil para
entrar. Entre em contato com a sua criança interior com freqüência, pois ela
sabe muito o bem o que quer.
Muitas vezes você quase não consegue perceber o que o seu
coração deseja verdadeiramente e sente como se tivesse perdido sua paixão.
Isto porque você não deixa a sua criança brincar, fantasiar
nem sonhar mais. Quando você se mede por códigos externos (o que é apropriado
para a minha idade, para o meu gênero, para o meu status social?) você se
limita e não permite que a criança, o sonhador o visionário, levem você para
fora dos limites e o conectem com o seu “código interno”.
Todos vocês nasceram com uma inspiração, um desejo de
manifestar alguma coisa na Terra, tanto para si mesmos quanto para os outros (a
“sociedade”).
Você não veio aqui para viver numa torre de marfim.
Você faz parte da consciência coletiva da Terra e veio aqui
para ser um líder e inspirador da mudança. Isto vai fazer você feliz e
realizado.
Quando você se conectar com a sua criança interior e sentir
de novo a mágica dessa paixão original, os limites e fronteiras ilusórios
desaparecerão e você encontrará seu caminho na vida, de um modo muito mais
fácil e leve. Quanto mais você se libertar dos falsos deuses que o mantêm
pequeno e medroso, mais você viverá com uma sensação de liberdade e entrega ao
coração, e mais o universo o apoiará e lhe fornecerá os meios necessários para
que a sua paixão se realize.
O TERCEIRO ÍDOLO: TER PENA DOS OUTROS E CONCORDAR COM O
SOFRIMENTO DELES
Existe um terceiro falso deus que eu gostaria de mencionar e
que talvez seja o que mais os preocupe na sua vida cotidiana.
É sentir pena dos
seus companheiros, compartilhar a carga dos seus entes queridos, sofrendo junto
com eles.
Agora, você pode perguntar: como isto pode ser um ídolo? Eu
não devo me conectar com os outros, especialmente com os meus entes queridos, e
ajudá-los se eu puder?
O que eu estou querendo dizer é que todos vocês têm uma
tendência de se conectar tão profundamente com as pessoas à sua volta, que
acabam mergulhando na dor delas, nos problemas e emoções negativas delas, e
perdem contato com a sua própria essência e paz interior.
Este tipo de piedade e co-sofrimento não é seu dever, não é
benéfico para a outra pessoa e não é correto do ponto de vista espiritual.
Muito daquilo que vocês chamam de “alta sensibilidade” é ser
tão aberto para a energia de outras pessoas que ela acaba aniquilando a sua
própria. Neste caso, a sua empatia (isto é, a sua capacidade de sentir o humor
e as emoções de outras pessoas) não está suficientemente equilibrada,
considerando que as energias negativas da outra pessoa pertencem a ela e não a
você.
Você não está percebendo, com clareza suficiente, que essa
negatividade desempenha um papel apropriado na vida da outra pessoa e que você
pode iluminá-la através da sua compaixão e compreensão, mas que sofrer junto
com ela não serve ao propósito de ninguém.
Naturalmente você gostaria de ver os seus entes queridos
levarem uma vida feliz e satisfatória (seja o seu cônjuge, seus filhos, seus
pais ou amigos). Você gostaria que eles se sentissem melhor, que seus problemas
fossem resolvidos.
No entanto, lembre-se sempre que os problemas deles são
criações deles mesmos.
Problemas de
relacionamento, questões financeiras, problemas de saúde, distúrbios
psicológicos… tudo isso reflete conflitos internos profundamente estabelecidos
na alma.
Em algum lugar bem no fundo, as pessoas querem experienciar
esses problemas, a fim de esclarecer alguma coisa.
Pode parecer que elas
são vítimas, principalmente quando ficam correndo em círculos muitas e muitas
vezes.
Mas geralmente isto quer dizer que elas ainda querem experienciar
algum aspecto do problema mais meticulosamente e que ainda não estão prontas
para a sua ajuda.
Se você tentar ajudá-las assim mesmo, é bem provável que
você se torne insistente e controlador e esgote as suas próprias fontes de
energia. Então você desiste da entrega como estilo de vida.
Ao doar demais ou inapropriadamente, você gasta a sua
energia e se prende emocionalmente à pessoa que você está ajudando. Isto faz
com que você se torne dependente da outra pessoa para se sentir bem. As suas
energias emocionais se misturam e esta é uma das maiores causas da perda de
força, vitalidade e autoconsciência. Poucas coisas podem derrubar a sua energia
com tanta facilidade quanto uma sensação persistente de dever, culpa e
responsabilidade por outra pessoa.
Em tais “relacionamentos de ajuda”, geralmente aparecem
questões de poder, mesmo que ninguém tenha essa intenção.
Ao doar demais ou
inapropriadamente, aquele que ajuda na verdade está tentando encobrir um vazio
interno que passa desapercebido quando se está preocupado com outra pessoa.
Ajudar outra pessoa pode fazer com que você se sinta mais forte e mais
autoconfiante.
Para aquele que recebe toda a sua atenção, essa experiência
parece boa e agradável, e ele logo percebe que pode influenciar você com seu estado
de espírito e emoções.
Ele sabe que, se as coisas piorarem para ele, ele
receberá mais atenção de você (porque você deseja ardentemente que ele fique
bem).
Portanto, o “sofredor” sabe que tem poder sobre você e que vale a pena se
manter no papel de vítima.
Em um relacionamento deste tipo ocorre uma forte
troca de energia que acabará drenando vocês dois, porque não está alinhada com
o que as suas almas realmente querem.
Não existe nenhuma verdade espiritual na
forma com que um está reduzindo o outro a papéis tão limitadores.
Aquele que
ajuda vai acabar ficando frustrado porque o sofredor não progredirá o
suficiente: ele não tem interesse em mudar, pois investiu no papel de vítima.
E
o sofredor fica cada vez mais preso no seu papel de vítima; ele se enterra cada
vez mais profundamente nesse papel, que poderá acabar paralisando-o.
Ambos vão
ficar com raiva e culpar um ao outro.
Vocês facilmente se simpatizam com as pessoas à sua volta e
sentem pena delas.
Os trabalhadores da luz, que têm o impulso de irradiar luz e
consciência para a Terra, são especialmente sensíveis ao sofrimento dos outros.
Para vocês é difícil ver o sofrimento numa escala global, como por exemplo, em
regiões do mundo devastadas pela pobreza ou pela guerra, ou a destruição e
poluição do ambiente.
Mas quando se trata do sofrimento próximo a vocês, no seu
ambiente pessoal, vocês são afetados muito mais profundamente.
E é
principalmente aí que vocês são desafiados a retirar o seu poder.
É importante perceber que você não ajuda ninguém tornando-se
menor. Muitas vezes você pensa que, se você absorver e engolir parte das
emoções da outra pessoa, você se conectará mais profundamente com ela e assim
irá ajudá-la. Como se vocês tivessem dividindo o peso.
Mas, ao assumir os
problemas do outro, você apenas dobra esse peso.
A sombra aumenta. Ao concordar
com o sofrimento de outras pessoas, o seu poder fica fragmentado e exaurido
pela negatividade delas.
Você vai pensar que você mesmo não tem o direito de
ser feliz, viver em paz e satisfeito, enquanto elas estão sofrendo.
Este é um
grave engano. Na verdade, o oposto é verdadeiro.
Ser verdadeiramente útil para alguém significa colocar a sua
energia a serviço da solução do problema, não do problema em si.
Para fazer
isto, você precisa se fazer maior e não menor.
Quanto mais autoconsciência e
independência você irradia, mais você representa a “energia da solução” e mais
você pode ser útil para os outros sem se esgotar.
Quando você sofre com eles,
na realidade você está apenas confirmando o problema.
Se você fica centrado e
calmo, sem ressoar com as emoções negativas do outro, você abre uma nova
perspectiva, uma nova maneira de olhar para o problema.
É exatamente não
ressoando com a energia do problema que você lança uma nova luz nele.
A verdadeira orientação espiritual nunca envolve solucionar
o problema dos outros, mas significa ser um farol de luz e percepção para eles,
que reflete seus problemas de volta para eles, de uma forma que os capacita a
lançar um novo olhar sobre esses problemas.
A verdadeira orientação espiritual
capacita-os a enxergar significado e valor nos problemas; ela lhes devolve o
sentido de livre arbítrio e responsabilidade.
Alguma coisa no seu interior toca
o coração deles e inspira-os: é a energia do amor; é a energia da aceitação.
Desta forma, você lhes oferece a “energia da solução”, não fazendo alguma coisa
por eles, mas sendo essa energia. Isto é o trabalho da luz: ser o seu eu
natural, estar em paz consigo mesmo e irradiar essa paz para os outros.
Não é
carregar a carga dos outros nem encontrar soluções para os problemas deles.
É
levar a energia da solução no seu próprio ser e compartilhá-la abertamente com
os outros. Esta é a essência da sua missão na Terra, a essência do que
significa “trazer luz”.
Ser fiel a si mesmo, cuidar bem de si mesmo e ouvir a sua
intuição são pré-requisitos para ancorar a energia do amor na Terra.
É isto que
a sua alma quer para você.
Sempre que você deixa os outros fugirem com a sua
energia, ou doa demais de si mesmo por medo ou necessidade de controle, uma
parte da sua luz se exaure e você tem que se recuperar e se curar
emocionalmente para restabelecer seu equilíbrio natural e sua vitalidade.
Observe como isto acontece no seu dia-a-dia.
Quando você está preocupado com outras
pessoas, com a forma com que elas o percebem ou com um meio de ajudá-las, e os
seus pensamentos ficam girando em círculos, e as mesmas emoções ficam se
repetindo, então é porque você caiu na rotina do medo e do controle.
Com
freqüência você tende a desistir da sua energia porque pensa que está
melhorando as coisas ao ajudar pessoas ou ao resolver um problema delas. Mas,
preste atenção: a sua contribuição realmente é útil à solução do problema ou
ela confirma e assim perpetua o problema?
Pergunte a si mesmo se você não está
realmente servindo a um ídolo, em vez de servir à sua própria luz interior.
Tentar controlar as coisas geralmente parece correto e
sensato, mas em geral é apenas o medo que o força a fazer isso.
Com freqüência
você se sente cansado e exausto devido às várias funções que você exerce nas
diferentes áreas da sua vida, mas em geral você se prende a isso e sente que é
obrigado a colocar mais energia ainda nisso. Você pensa que deve isso a alguém,
a alguma organização, à sociedade ou até mesmo a Deus.
Mas sempre que você se
sente emocionalmente exausto, dando demais de si mesmo, é porque realmente está
na hora de se liberar e encontrar algum lugar quieto para si mesmo.
Está na
hora de se desapegar do mundo e se voltar para dentro de si mesmo.
Cortar os
laços por alguns instantes e re-conectar-se com a sua criança interior é
extremamente importante para se manter centrado e equilibrado. Ao se conectar
com a sua criança, você também desperta o seu eu angélico, aquele que cuida da
criança.
Você se conecta com o seu “eu inferior” e com o seu “eu superior” e,
sentindo-os internamente e ouvindo-os cuidadosamente, você começa a perceber
como eles podem brincar juntos alegremente na sua presença. Fica claro o que
você precisa fazer ou buscar para se tornar centrado e em paz outra vez.
ENCONTRANDO E SEGUINDO A SUA PAIXÃO
Todo mundo nasce com uma paixão.
Imagine que essa paixão é
uma linda rosa vermelha. Imagine que, um pouquinho antes de nascer, você está
de pé na beira do céu, segurando essa belíssima rosa vermelha em sua mão.
Embora você possa estar hesitando para dar o salto para dentro do reino
terrestre, inclusive se perguntando tristemente se você realmente está à altura
disso, você percebe um fogo nas profundezas do seu ser, uma paixão que se apresenta
a você como a rosa vermelha.
Agora imagine que
você dá o salto, encarna, e agora você carrega a rosa dentro de você, no seu
abdome ou no seu coração.
Deixe que a energia
da rosa venha a você agora. Permita que a sua paixão original, a sua inspiração
se apresente a você neste momento.
Dê uma olhada na rosa. Como é que ela está agora? Tome a
primeira imagem que surgir na sua mente.
A rosa parece um pouco triste ou murcha, ou está brilhando
vibrantemente?
Você vê um botão de rosa ou uma flor desabrochada? Ela
precisa de alguma coisa de você neste momento?
Talvez mais água ou luz solar, ou um pouco mais de amor e
atenção? Ou ela quer ser removida para algum outro lugar, para um ambiente mais
acolhedor?
Imagine que você lhe dá exatamente o que ela precisa, e
sinta como isto o afeta no nível interno.
Vermelho é a cor da Terra e do chakra básico ou raiz.
Vermelho é a cor da paixão. Geralmente você tem medo da sua
própria paixão. Todos vocês têm medo de deixar esse fluxo original se expressar
em suas vidas, porque ele vai contra o que a sociedade ou a tradição considera
apropriado, correto e sensato.
No entanto, em cada um de vocês existe uma paixão original e
uma inspiração que são a própria fonte da sua existência aqui e agora. Você não
pode realmente se realizar e se inspirar, enquanto não permitir que essa
energia flua na sua vida e oriente-a.
A essência da entrega como um estilo de vida é a entrega a
si próprio, à paixão da sua alma, à inspiração que criou a sua vida presente.
Existem algumas formas de você reconhecer se está conectado
com a paixão da sua alma.
1. Sentir inspiração – onde quer que ela flua, é lá que você
precisa estar.
Entregar-se como um estilo de vida significa deixar-se guiar
pelo que verdadeiramente o inspira.
A entrega não é uma energia passiva. Entregando-se àquilo
que realmente o motiva e inspira, você abre a porta para um fluxo de energia
ativo e animado em seu interior.
Para descobrir esse
fluxo por si mesmo, você precisa descobrir com que tipo de atividades a sua
energia flui naturalmente. Que coisas fazem você se sentir feliz e em paz?
Em que tipo de ocupação ou busca você sente que as coisas se
movem sem esforço e graciosamente?
Qual é a essência
dessas coisas ou atividades? Sinta a essência delas – e saiba que pode haver
uma variedade de meios através dos quais a essência pode tomar forma.
2. Ser fiel à sua própria natureza – aquilo que você faz
naturalmente é aquilo em que você é bom.
Para reconhecer a sua paixão, você precisa entender que ela
é sempre alguma coisa que é muito natural para você.
É uma coisa, uma
atividade ou ocupação, ou uma forma de expressão para a qual você é atraído, na
qual você se sente interessado e gosta de procurar alcançar.
É alguma coisa íntima
e natural para você, quase auto-evidente do seu ponto de vista. Para realizar o
seu dom natural, pode ser que você tenha que aprender algumas habilidades ou
buscar alguma educação formal, mas, para você, fazer isso será relativamente
fácil e alegre.
A sua paixão é algo
com que as suas capacidades e talentos estão sintonizados; ela envolve
atividades nas quais você é bom desde o começo.
3. Manter limites claros e ousar dizer “não” – leve-se a
sério.
Você está no fluxo da entrega a si mesmo, se você se leva a
sério o suficiente para dizer não para coisas e pessoas que inibem ou cortam
esse fluxo.
Você só pode seguir a sua paixão, se ousar dizer não para
aquilo que não se ajusta a você ou não lhe parece certo.
Entregar-se a si mesmo, à sua inspiração exclusiva, implica
em ser precoce e teimoso às vezes, em ficar separado e confiar nas mensagens do
seu coração, mesmo se as pessoas digam que você é bobo ou insensato.
É uma questão de
lealdade consigo mesmo.
Atreva-se a ser grandioso, atreva-se a fazer uma diferença!
Realmente não há outra alternativa, você sabe.
A alternativa seria o seu fluxo natural de inspiração ficar
emperrado e secar e você começar a se sentir frustrado, vazio, zangado e
insatisfeito.
Se você não escolhe a
si mesmo, você escolhe contra você.
Então a energia da
rosa – a sua paixão – se recolhe e isto cria problemas psicológicos, como
solidão, estranhamento e finalmente depressão. Portanto, atreva-se a dizer não,
atreva-se a ocupar espaço, a ocupar um espaço com limites claros.
Não tema ser “egotista”, de acordo com os padrões dos falsos
deuses.
4. Paciência e ritmo – faça-o passo a passo.
Se você estiver conectado com a energia da sua alma, com a
sua inspiração, ela vai clarear o caminho para você, na sua vida cotidiana.
As oportunidades (na forma de pessoas ou situações que você
encontrar) vão chegar a você num passo e ritmo que lhe sejam convenientes.
Se quiser ficar
sintonizado com esse fluxo de manifestação, mantenha-se no presente e tome-o
passo a passo.
Tente não correr na frente de todas as coisas que precisam
acontecer para que os seus sonhos e a sua paixão se realizem.
A vida cuida de você, você não precisa tomar conta da vida.
Simplesmente sinta a sua paixão e coloque-a nas mãos do seu Deus interior.
Deixe que o seu anjo interno sustente e tome conta dos
desejos e anseios da sua criança interior.
Entregue e confie!
Agradeço muito a todos vocês por estarem aqui hoje.
É um grande prazer estar com vocês e lembrar que o Eu que
está falando isto também representa muito a própria energia de vocês.
É a sua própria
energia que lhes acena e os convida: atrevam-se a viver, atrevam-se a ser quem
vocês são!
© Pamela Kribbe
www.jeshua.net
Tradução: Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
Revisão: Luiz Corrêa.
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terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Entrega e Controle
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