terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Entrega e Controle



                      
                           Encontrando e seguindo a sua paixão na vida

                               Jeshua canalizado por Pamela Kribbe   
               
 
Queridos amigos,

Falo com vocês a partir do coração da consciência Crística. Eu sou Jeshua, mas não sou apenas essa personalidade em especial, que viveu na Terra há dois mil anos atrás.

 Aqui, eu represento mais do que isso.

Eu represento a energia Crística que vive e vibra nos corações de todos vocês.
  Portanto, aquele que fala aqui agora também representa a sua própria energia e vibração; é o seu próprio desejo sincero que se transforma em palavras nesta sala na qual estamos sentados.
 Estarmos juntos desta forma não é simplesmente uma questão de fazermos uma palestra… é uma reunião e comemoração da Nova Era.

O despertar de uma nova consciência parece estar muito distante, às vezes. Parece haver tanta desarmonia e conflito no seu mundo e, na verdade, dentro de vocês mesmos também.
 No entanto, o despertar começou. Uma nova dimensão de consciência está nascendo na Terra neste instante, e depois de um longo estágio de preparação, ela finalmente alcançará uma base segura e irradiará uma onda de iluminação por toda a Terra.
 Todos vocês fazem parte dessa onda de consciência recém-desperta que está tomando conta da Terra neste instante. Em muitos sentidos, vocês são essa onda de energia.
 “Entrega e controle” é uma questão importante nesse processo de despertar espiritual, tanto no nível individual, quanto no coletivo.
 No nível político, os líderes mundiais com freqüência se defrontam com essa questão.
 Ainda é muito difícil ter uma responsabilidade política e tomar decisões a partir do coração.
 Parece que a política ainda não está pronta para isto.
 
No entanto, entregar-se à sabedoria do coração é o único meio de sair dos grandes conflitos neste momento; é a única oportunidade para a solução pacífica desses conflitos.
A percepção de que é possível a conexão e a unidade entre as pessoas de todas as diferentes raças, religiões e culturas é a base para a paz mundial.

O reconhecimento uns dos outros como seres humanos, apesar das diferenças externas, está crescendo entre a população do mundo, e em parte é estimulado pela sua informática moderna, que diminui enormemente as distâncias de tempo e espaço.
Ao mesmo tempo, o crescimento em direção ao entendimento mútuo é ameaçado pelo velho conceito de “nós” e “eles”, que é baseado no medo. Pensar em termos de bom e mau, certo e errado, “nós” e “eles”, perpetua as antiqüíssimas hostilidades e alimenta uma grande parte do caos emocional.

Estes conceitos decisivos ainda são usados pelos políticos para sustentar o seu poder.
 Entretanto, o que em última análise determina a realidade no nível político é você, o indivíduo.
A política reflete a consciência da maioria dos indivíduos juntos. É através da conscientização de muitos indivíduos juntos, que um novo nível de consciência toma vida.
  Em vez de me estender no nível político, eu gostaria agora de falar sobre o nível individual, no qual todos vocês estão trabalhando para integrar a energia do coração em suas vidas e no qual vocês estão lidando com a questão da entrega e controle.

 
Enquanto isso, peço-lhes que simplesmente sintam a energia da entrega, sintam como hoje ela está concentrada aqui e está fluindo dos seus corações.
 Todos vocês anseiam intensamente pela sensação de liberação e confiança que é inerente à entrega, ao desapego.
  Mas muitas vezes vocês ainda não sabem como integrar essa energia na sua vida diária.

Qual é a fonte do controle na vida?

Por controle, eu quero dizer: a vontade de exercer poder sobre a vida, forçando o fluxo de acordo com os seus desejos, com o que você percebe como certo e justo.
 Por que você quer exercer controle sobre a sua vida, vivendo continuamente em tensão e ansiedade por causa disso?
 



 
A fonte do controle é o medo.



O medo está profundamente enraizado na estrutura da sua vida: na sua educação e na sociedade.
 Os mecanismos de controle estão presentes em todo lugar e lhe são ensinados como bons hábitos.
 Aparentemente, você é uma pessoa sensata e racional, se você quer ter controle sobre a sua vida e, conseqüentemente, organizá-la.
 A entrega e a imprevisibilidade incutem uma sensação de medo em você. Você associa entregar com desistir, não saber o que fazer, ser dominado pelo caos emocional ou crise.

Entretanto, esta é uma concepção muito limitada de entrega.

 É uma concepção nascida do medo, da consciência baseada no medo. Existe um conceito muito mais positivo de entrega, que indica um estilo de vida, um modo de ser, no qual você leva a sua vida com confiança, sem a necessidade de controlar, forçar ou manipulá-la.
 O ego anseia por controle porque ele tem medo. O ego se identifica com imagens que não vêm da alma, mas são alimentadas pelo mundo exterior.
 O ego está constantemente correndo para preservar sua auto-imagem, seja ela a de um homem de negócios bem sucedido, de uma dona de casa atenciosa, ou de um terapeuta capaz.
  Ele quer manter essa imagem para ter controle sobre os pensamentos das outras pessoas sobre você.
  Entretanto, sempre existem momentos em que o ego falha e perde. Este pode ser o caso quando você fica estressado, doente ou quando o seu relacionamento fracassa.

O ego considera tais crises – que num certo ponto forçam você a deixar ir e se entregar – como golpes mortais.

Assim, o ego associa entrega com crise.
 O ego vive numa contínua alternância entre controle e crise.
 Com freqüência, em momentos de verdadeira crise em sua vida, você é encorajado a olhar para o tesouro escondido dentro de você.
  Existe sempre um elemento positivo escondido nas crises, que lhe dá um sinal para que você chegue mais perto da sua essência.

 Dessa forma, a vida está sempre levando-o para mais perto de si mesmo, do seu conhecimento e sabedoria internos, mesmo que você viva de acordo com os ditames do ego.
 Pois sempre haverá situações em sua vida que o desafiarão a se entregar mais cedo ou mais tarde.
 A vida está sempre lhe oferecendo oportunidades para escolher a entrega como um estilo de vida.

Você sabe disso.

 Todos vocês conhecem estes momentos de entrega após uma crise, momentos preciosos de clareza e consciência, nos quais vocês percebem que são levados pelo fluxo de uma respiração divina invisível.
Vocês percebem que esse fluxo divino de vida quer o melhor para vocês, e que vocês podem confiar nele, mesmo que ele não lhes traga exatamente aquilo que vocês esperavam.
  O que vocês todos desejam é viver mais permanentemente de acordo com essa consciência superior; é incorporar esse modo de vida no seu dia-a-dia, sem ter que ser empurrado para ele por profundas crises e desespero. Todos vocês anseiam pela entrega como um estilo de vida.
 Todos vocês são guerreiros exaustos.
 Vocês vêm de uma longa jornada.

Algumas vezes vocês se sentem muito velhos e cansados internamente, mas é melhor dizer que vocês estão é muito cansados do velho…

Vocês estão buscando um modo de ser que seja isento de esforço – que seja inspirador e, ao mesmo tempo, leve e fluido.
  A chave é não se esvaziarem em seus relacionamentos, trabalho ou outras metas até “quebrarem” e então serem forçados pela crise a se entregarem. Dêem um passo adiante, ou dêem um passo para trás, e focalizem um estilo de vida que é sempre marcado pelo desapego, confiança e entrega. Entregar-se significa: não lutar, não resistir, mas seguir o fluxo da vida, confiando que a vida lhes dará exatamente o que vocês precisam. Confiem que as suas necessidades são conhecidas e serão satisfeitas.

 Aceitem o que está na vida de vocês neste momento e estejam presentes nisso.

 É sobre este modo de vida que eu gostaria de falar, porque seu anseio por ele é profundo e sincero. É um anseio espiritual que vem da alma de cada um de vocês, do fluxo divino no interior de cada um de vocês.

BLOQUEIOS NO CAMINHO DA ENTREGA: TRÊS FALSOS DEUSES

Por um lado, vocês desejam tirar suas máscaras e viver abertamente de acordo com o plano original das suas almas.

Vocês anseiam por sinceridade, honestidade, amor e conexão.

 Por outro lado, deixar cair essas máscaras é algo muito difícil para vocês. Vocês foram educados com crenças e estruturas que acabaram se enraizando em sua psique e que os impede de se conectar com sua própria alma.

 Eu gostaria de citar, em especial, três ídolos ou “falsos deuses” para os quais vocês freqüentemente se dirigem para pedir orientação, mas que na verdade tiram vocês do seu centro, do equilíbrio necessário para que vivam entregues a quem vocês realmente são.


O PRIMEIRO ÍDOLO: DEUS COMO UMA AUTORIDADE ACIMA DE VOCÊS

 O primeiro falso deus é o próprio Deus, isto é, Deus concebido como o senhor e mestre da criação.

 Esse tipo de Deus é uma construção humana, uma imagem de Deus que tem influenciado profundamente a sua cultura.

Muitos de vocês pensam que se desapegaram desta imagem tradicional de Deus.

Vocês dizem a si mesmos que não acreditam mais em um Deus julgador, que castiga, que se coloca muito acima de vocês e mantém um registro dos seus sucessos e falhas, como um professor escolar.
 Vocês dizem que acreditam num Deus de Amor, que os perdoa o tempo todo e que cuida de vocês e os encoraja.

No entanto, na forma rígida e sem amor com que vocês freqüentemente tratam a si mesmos, este velho Deus ainda está muito vivo!
 Vocês não dizem muitas vezes a si mesmos que falharam, que não estão certos, que deveriam ter progredido mais, seja na área dos relacionamentos, do trabalho, ou da espiritualidade?
 Vocês se torturam com idéias do tipo: eu não correspondo às expectativas de Deus, eu estou decepcionando os meus guias espirituais ou o meu eu superior, eu falhei na minha missão, eu não estou contribuindo com nada de significativo para o mundo.
 
Muitos de vocês acreditam – secretamente, por assim dizer – que existe uma ordem superior à qual vocês devem atender ou obedecer.

Seja uma “missão da alma” ou um “caminho de vida” que foi estabelecido para vocês, ou uma hierarquia espiritual que lhes atribuiu um “dever”, ou um guia espiritual que lhes diz o que fazer ou aonde ir… em todos esses casos, vocês acreditam na existência de uma autoridade superior, um nível espiritual acima de vocês, ao qual é bom que vocês ouçam.

 Mas, no momento em que vocês acreditam em uma autoridade externa a vocês mesmos, que tem a capacidade de lhes oferecer orientação sobre o que vocês deveriam fazer na vida, nós estamos de volta ao Deus tradicional. De acordo com essa imagem, existe um nível da verdade, no qual as coisas são fixas e determinadas, e tudo o que vocês podem fazer é viver de acordo ou não com isso. Esta é uma falsa imagem. 

 Certamente, quando você nasce, existem intenções na sua alma para a vida à sua frente.

Pode-se chamar isto de propósito elevado para esta encarnação, mas isso não foi ordenado por ninguém externo a você.
Foi você mesmo que o escolheu e nasceu dos seus próprios desejos e anseios.
  As coisas na sua vida que são “pré-determinadas” – no sentido de terem muita possibilidade de acontecer, pois nada está completamente fixado – foram criadas e escolhidas por você.
  Você pode se conectar com o seu propósito de vida ou inspiração mais elevada a qualquer momento, ouvindo os seus sentimentos, a voz do seu coração, os seus anseios mais profundos.
 Eu o aconselho a não ouvir demais as doutrinas espirituais que estão cheias de regras sobre como você deve viver.
 Ouça especialmente a sua assim chamada parte inferior: as emoções poderosas que se manifestam em você no seu dia-a-dia. Através dessas emoções, a sua alma está tentando se conectar com você e lhe dizer alguma coisa.
 Se você quiser saber o que a sua alma quer lhe dizer neste momento, olhe para as emoções que freqüentemente se repetem na sua vida e que mais o absorvem.
  
 Olhe para elas de um modo amável mas honesto. Não acuse ninguém mais pelas suas emoções, não preste atenção a causas externas a você; veja-as como resultado das suas próprias escolhas.
  Por exemplo, se você está sempre zangado e aborrecido, de onde isso vem? Existe algo que está lhe fazendo falta? O que a raiva lhe diz?
Qual é a mensagem escondida dentro dela?
 É uma sensação de não ser reconhecido ou valorizado pelos outros? Você está com medo de lhes mostrar quem você é?
 Está com medo de defender a sua verdade?
  Você esconde os seus sentimentos com muita freqüência e lhe é difícil estabelecer claramente os seus limites?

Freqüentemente, através da raiva, uma mensagem autêntica está gritando para você: um anseio de ser quem você é, de mostrar a energia original da sua alma para o mundo.
 Se você reconhece o anseio da sua alma através da raiva, você está enxergando o seu eu angélico brilhando através da sua criança interior.
 O anjo dentro de você é o “eu superior” que quer conectar-se com a realidade física, encarnar e irradiar sua luz sobre a realidade da Terra. É a parte conhecedora.
 A sua criança interior é a paixão da própria vida: é desejo, emoção e criatividade. É a parte que experiencia, a parte experimentadora. A sua parte criança é o seu “eu inferior”.
  A criança interior é uma fonte de alegria e criatividade, quando ela vive em harmonia com o seu anjo interno. Mas se ela se desvencilha dos cuidados amorosos do anjo e sai à deriva, ela se torna a fonte de emoções descontroladas. A raiva transforma-se em ódio e vingança. O medo se degenera em defesa, neurose e frustração. A tristeza se deteriora em depressão e amargura. As emoções originais são indicadores… mensagens da sua parte experimentadora.
 É essa criança que, através das emoções, estende as mãos para o seu anjo interno. As emoções expressam a experiência pura, desconhecida. Elas são uma expressão do mal-entendimento.

 É através da conexão com o anjo que as emoções podem ser tomadas como indicadores e compreendidas.
 Desta forma, as emoções tornam-se instrumentos de transformação e exploração: o “eu inferior” enriquece e realiza o eu superior, ao suprir a parte conhecedora com conteúdo sentido.
 O seu anjo interior se anima e experiencia uma alegria profunda, quando lhe é permitido iluminar a criança.

E quando o seu eu superior irradia sua luz desta forma, o seu corpo emocional se aquieta e adquire equilíbrio.

O fruto do fluxo conjunto do anjo e da criança é um conhecimento intuitivo, interno, que pode permear a sua vida com luz e ausência de esforço.

Os seus princípios superior e inferior – o anjo e a criança – formam um todo orgânico e significativo.

Portanto, os conceitos de “superior” e inferior” não são realmente corretos. Na verdade, trata-se de um jogo alegre entre “saber” e “experienciar”.

 Esse inter-relacionamento, esse exercício de influência recíproca, é que leva à sabedoria verdadeira e encarnada (no sentido de oposta à teórica).

Para obter orientação sobre a sua vida no momento presente, você pode se dirigir, de preferência, à sua criança interior.

 Ao lhe dar a atenção que ela precisa, você preenche-a com sua consciência mais elevada, com o toque do anjo.

Para ilustrar esta situação, vamos voltar ao exemplo anterior, no qual eu falei da raiva e irritação.

 Uma vez que você tenha se conectado com essas emoções e imaginado-as como uma criança, você pode convidar essa criança a vir até você.

 Você pode lhe perguntar com o que ela está zangada ou aborrecida, e o que ela precisa de você para se curar.

 Deixe que a criança lhe responda e permita que ela se expresse muito claramente. Imagine-a conversando com você de uma forma muito viva, alegre, com uma expressão facial nítida e com uma clara linguagem corporal. Talvez ela lhe dê respostas específicas, do tipo “Quero que você largue o seu trabalho!” ou “Quero ter lições de dança!”, ou talvez sejam respostas mais genéricas, como “Preciso brincar e relaxar mais” ou

“Não posso ser boazinha o tempo todo, você sabe!”

Leve a resposta a sério e viva de acordo com ela, tanto quanto possível. Talvez você não possa fazer instantaneamente as coisas que a sua criança interior deseja, mas você pode começar devagar e passo a passo a realizar os seus anseios.

Se você abraça com amor e aceitação a sua  criança interior que está zangada, assustada ou triste, ela é tocada pelo seu anjo interior e o resultado é que a sua alma fala com você.
 
Comece com as emoções; descubra os verdadeiros desejos por trás dessas emoções, e encontre um modo de realizá-los passo a passo.

Na imagem que estou descrevendo de um anjo e uma criança internos, não há nenhum espaço para a figura de um Deus autoritário.

 O “superior” e o “inferior” complementam um ao outro, em um relacionamento que evolui dinamicamente.

O anjo não impõe nenhuma regra à criança, e a criança também não tem autoridade sobre o anjo.

 É através da influência recíproca entre ambos que você descobre o que é certo para você neste momento.

Você encontrará os objetivos da sua vida através dessa ligação íntima entre o anjo e a criança.

 Nesta conexão, você descobre o que realmente mexe com você e leva-o adiante. Nenhuma autoridade externa pode substituir essa conexão ou fazer essa conexão por você.

Um professor só pode lhe indicar essa área interna sagrada, onde você pode permitir que a sua criança interior seja cuidada e inspirada pelo seu anjo interior.

 Nessa área, você descobre quem você é e qual é a sua paixão. Diretrizes gerais sobre como viver uma vida espiritual são quase sempre inadequadas, ou pelo menos não são de natureza universal.

A verdade não tem forma. Cada criatura tem sua própria forma, seu próprio modo de viver a Verdade.
 
Este é o milagre da sua essência de alma única.

Os verdadeiros professores espirituais não ensinam específicos “faças” ou “não faças”, tais como “não coma carne” ou “medite duas horas por dia”. Um verdadeiro professor sabe que tudo se trata de cada um encontrar a sua própria verdade, em profunda comunhão consigo mesmo.

Os professores podem indicar o que foi útil a eles, no caminho deles, mas não transformarão isso numa regra ou dogma.

Se você der uma olhada na forma em que Deus foi retratado na maioria das suas tradições religiosas, vai perceber que isso é exatamente o que acontece com elas.

A maior parte é constituída por tradições de medo e abuso de poder. A necessidade de regras e dogmas claramente restritivos e a tendência a organizações hierárquicas sempre mostram que o medo e o poder estão em jogo.

No entanto, a mesma coisa acontece com a espiritualidade da nova era. Tomem por exemplo as inúmeras predições e teorias especulativas em circulação atualmente.

 Se você vai atrás disso sem consultar seus próprios sentimentos básicos a respeito, você pode ficar inseguro e começar a se perguntar “será que estou fazendo as coisas direito?”, “e se eu perder o barco (ou astronave…) em 2012?” ou “será que o estado dos meus chakras está suficientemente puro para eu entrar na 5a dimensão?” Este tipo de perguntas com certeza não é útil para o seu crescimento interior.

 Eu lhe peço: volte-se para dentro de si mesmo.

 Não focalize o movimento dos planetas e estrelas, as mudanças climáticas, ou o julgamento de um “mestre ascensionado”, para determinar o seu próprio nível de auto-realização.

Você é o centro do seu universo, o padrão e a pedra de toque do seu mundo.

 Não existe nenhum Deus externo a você, que sabe melhor ou que determina as coisas para você.

O Deus, que antigamente você projetou fora de você, não só reside dentro de você, como também não é onisciente.

O princípio divino que existe em você e em toda a criação é uma força alegre, que cresce e evolui de forma aberta e imprevisível.

Nesta imagem, o “inferior” tem uma razão indubitável para existir; ele é o combustível para o crescimento e a realização.

 Luz e escuridão têm seus próprios papeis, e é na aceitação de ambas que você se ilumina. 

A aspiração de alguns grupos espirituais de alcançar a luz de um modo unilateral, ignorando ou lutando contra a escuridão, cria desequilíbrio e uma resistência sutil (e desprezo) pela vida na Terra.

Fazer coisas erradas, cometer enganos, é correto e pode até lhe trazer um crescimento maior do que tentar evitar erros.

Nas “coisas ruins” existe uma semente de luz adormecida. Somente vivenciando o ruim do seu interior, é que você pode experienciar o bom como bonito, puro e verdadeiro.

 Você não pode aprender a partir do “não ter”.

 Você, Deus dentro de você, mergulhou nas profundezas (na realidade material) para se tornar conhecedor através da experiência, não para aplicar o conhecimento à experiência.

Neste sentido, não existem muitas coisas que são não-espirituais.

Toda experiência é sagrada e significativa.

Não se deixe guiar por leis externas, que determinam o que é saudável, certo e espiritualizado para você fazer.

A pedra de toque é o seu próprio coração: se ele sente que é certo para você, então está bem. Libere qualquer outra coisa.


O SEGUNDO ÍDOLO: OS PADRÕES E IDEAIS DA SOCIEDADE.

 Outro falso deus que o afasta da energia original da sua alma é a “sociedade”: os padrões e os valores que controlam o seu mundo social lhes são transmitidos através da sua criação, educação e do ambiente em que você trabalha.

 Muitos dos ideais da sociedade estão enraizados no medo, na necessidade de controlar e estruturar a vida, para que ela se transforme num playground perfeitamente organizado.

 Muitas regras de comportamento não são tão inspiradas no que as pessoas verdadeiramente sentem e experienciam, mas na impressão que se tem de fora.

 Tentar viver segundo tais padrões externos de conduta pode lhe causar uma grande pressão.

Pense no medo de “não se ajustar”, de não ter realizado o suficiente, de não ser suficientemente bonito, de não ter nenhum relacionamento, etc, etc... Quando você se compara com imagens irreais de sucesso e felicidade, a sua energia criativa fica emperrada e você não se sente mais à vontade neste mundo.

Por causa desses “faças” e “não faças”, que se tornaram como uma segunda pele, você mal se atreve a explorar a sua criatividade original.

Você tem medo de dar um passo para fora da trilha conhecida.

Mas é justamente esta energia original da alma, a energia que quer fluir unicamente de você, que é tão bem-vinda na Terra!

 É esta parte de você que tem o propósito de provocar a transformação da consciência na Terra, neste momento.

Conectar-se com os seus impulsos criativos e expressá-los à sua maneira única, exclusiva, muitas vezes exige que você se desvie dos objetivos e ideais da sociedade.

 Pode ser, por exemplo, que o seu ritmo natural de explorar a si mesmo e depois se expressar no nível material não se ajuste aos esquemas da sociedade relacionados a como e quando alcançar certas coisas na vida.
 
Pode ser que primeiro você passe por um longo processo de se conhecer profundamente, sem conseguir ou produzir nada no nível externo.

Embora isto possa dar às pessoas a impressão de ineficiência ou fracasso, você pode estar trabalhando muito duro no nível interno, descobrindo várias coisas valiosas a respeito de si mesmo.

Dê-se um tempo para descobrir quem você é, para onde a sua energia natural o conduz, e para integrá-la no seu ser físico e emocional.

Não dê atenção para o sucesso externo.

 Focalize aquilo que você sente que é bom e correto para você, aquilo que faz com que você se sinta relaxado e inspirado.

 Se você encontrar este modo de viver e experienciar paz e quietude internas, você vai ter mais facilidade para entrar em contato com a energia natural da sua alma.

As pessoas têm muito medo daquilo que a sociedade determina e espera delas.

 O estranho nisso é que a “sociedade” como tal nem mesmo existe.

O que nós temos é uma grande quantidade de pessoas juntas, cada uma com seus desejos sinceros e com seus medos profundamente assentados. Todos desejam ser livres, no sentido mais profundo da palavra; simplesmente ser quem eles são, sem medo de serem julgados pelos “outros”.

 Portanto pense de novo sempre que você estiver dando muita atenção ao que os outros pensam de você.


 Você também está sendo o pior inimigo dos outros, pois, ao se sujeitar às regras deles e temer seus julgamentos, você mantém vivos os falsos ideais e sufoca ainda mais a si mesmo e aos outros.

Você se transforma em “sociedade” para alguém mais.

Especialmente vocês, que são os pioneiros da Nova Era, podem ser um exemplo para as pessoas que estão presas no medo.

Você é um exemplo quando realmente apóia a si mesmo, ouve com atenção os seus sentimentos, vive de acordo com eles e se liberta dos julgamentos externos.
  Estes julgamentos nascem do medo, não do amor, e freqüentemente baseiam-se em regras e códigos antigos dos quais ninguém mais se lembra qual é a verdadeira origem.
  Estes velhos padrões, que não têm mais nenhuma conexão com o coração humano, esperam para ser transformados a partir do interior, por pessoas que ousam abrir novas perspectivas.
 A sociedade espera por você, espera por ideais e padrões inspirados que ajudem as pessoas a se conectar com seus corações e com seus verdadeiros desejos.
Você contribui para a transformação da consciência coletiva sendo um exemplo de amor em vez de um seguidor do medo.

Atreva-se a convidar a sua parte brincalhona, infantil para entrar. Entre em contato com a sua criança interior com freqüência, pois ela sabe muito o bem o que quer.

Muitas vezes você quase não consegue perceber o que o seu coração deseja verdadeiramente e sente como se tivesse perdido sua paixão.
 Isto porque você não deixa a sua criança brincar, fantasiar nem sonhar mais. Quando você se mede por códigos externos (o que é apropriado para a minha idade, para o meu gênero, para o meu status social?) você se limita e não permite que a criança, o sonhador o visionário, levem você para fora dos limites e o conectem com o seu “código interno”.

 Todos vocês nasceram com uma inspiração, um desejo de manifestar alguma coisa na Terra, tanto para si mesmos quanto para os outros (a “sociedade”).
 Você não veio aqui para viver numa torre de marfim.
 Você faz parte da consciência coletiva da Terra e veio aqui para ser um líder e inspirador da mudança. Isto vai fazer você feliz e realizado.
 Quando você se conectar com a sua criança interior e sentir de novo a mágica dessa paixão original, os limites e fronteiras ilusórios desaparecerão e você encontrará seu caminho na vida, de um modo muito mais fácil e leve. Quanto mais você se libertar dos falsos deuses que o mantêm pequeno e medroso, mais você viverá com uma sensação de liberdade e entrega ao coração, e mais o universo o apoiará e lhe fornecerá os meios necessários para que a sua paixão se realize.

O TERCEIRO ÍDOLO: TER PENA DOS OUTROS E CONCORDAR COM O SOFRIMENTO DELES

Existe um terceiro falso deus que eu gostaria de mencionar e que talvez seja o que mais os preocupe na sua vida cotidiana.
  É sentir pena dos seus companheiros, compartilhar a carga dos seus entes queridos, sofrendo junto com eles.

Agora, você pode perguntar: como isto pode ser um ídolo? Eu não devo me conectar com os outros, especialmente com os meus entes queridos, e ajudá-los se eu puder?

O que eu estou querendo dizer é que todos vocês têm uma tendência de se conectar tão profundamente com as pessoas à sua volta, que acabam mergulhando na dor delas, nos problemas e emoções negativas delas, e perdem contato com a sua própria essência e paz interior.

Este tipo de piedade e co-sofrimento não é seu dever, não é benéfico para a outra pessoa e não é correto do ponto de vista espiritual.

Muito daquilo que vocês chamam de “alta sensibilidade” é ser tão aberto para a energia de outras pessoas que ela acaba aniquilando a sua própria. Neste caso, a sua empatia (isto é, a sua capacidade de sentir o humor e as emoções de outras pessoas) não está suficientemente equilibrada, considerando que as energias negativas da outra pessoa pertencem a ela e não a você.
 Você não está percebendo, com clareza suficiente, que essa negatividade desempenha um papel apropriado na vida da outra pessoa e que você pode iluminá-la através da sua compaixão e compreensão, mas que sofrer junto com ela não serve ao propósito de ninguém.

 Naturalmente você gostaria de ver os seus entes queridos levarem uma vida feliz e satisfatória (seja o seu cônjuge, seus filhos, seus pais ou amigos). Você gostaria que eles se sentissem melhor, que seus problemas fossem resolvidos.

No entanto, lembre-se sempre que os problemas deles são criações deles mesmos.
  Problemas de relacionamento, questões financeiras, problemas de saúde, distúrbios psicológicos… tudo isso reflete conflitos internos profundamente estabelecidos na alma.

Em algum lugar bem no fundo, as pessoas querem experienciar esses problemas, a fim de esclarecer alguma coisa.

 Pode parecer que elas são vítimas, principalmente quando ficam correndo em círculos muitas e muitas vezes. 

Mas geralmente isto quer dizer que elas ainda querem experienciar algum aspecto do problema mais meticulosamente e que ainda não estão prontas para a sua ajuda.
 Se você tentar ajudá-las assim mesmo, é bem provável que você se torne insistente e controlador e esgote as suas próprias fontes de energia. Então você desiste da entrega como estilo de vida.

Ao doar demais ou inapropriadamente, você gasta a sua energia e se prende emocionalmente à pessoa que você está ajudando. Isto faz com que você se torne dependente da outra pessoa para se sentir bem. As suas energias emocionais se misturam e esta é uma das maiores causas da perda de força, vitalidade e autoconsciência. Poucas coisas podem derrubar a sua energia com tanta facilidade quanto uma sensação persistente de dever, culpa e responsabilidade por outra pessoa.

Em tais “relacionamentos de ajuda”, geralmente aparecem questões de poder, mesmo que ninguém tenha essa intenção.
 Ao doar demais ou inapropriadamente, aquele que ajuda na verdade está tentando encobrir um vazio interno que passa desapercebido quando se está preocupado com outra pessoa.
 Ajudar outra pessoa pode fazer com que você se sinta mais forte e mais autoconfiante.
 Para aquele que recebe toda a sua atenção, essa experiência parece boa e agradável, e ele logo percebe que pode influenciar você com seu estado de espírito e emoções.
 Ele sabe que, se as coisas piorarem para ele, ele receberá mais atenção de você (porque você deseja ardentemente que ele fique bem).
 Portanto, o “sofredor” sabe que tem poder sobre você e que vale a pena se manter no papel de vítima. 

Em um relacionamento deste tipo ocorre uma forte troca de energia que acabará drenando vocês dois, porque não está alinhada com o que as suas almas realmente querem. 
Não existe nenhuma verdade espiritual na forma com que um está reduzindo o outro a papéis tão limitadores. 
Aquele que ajuda vai acabar ficando frustrado porque o sofredor não progredirá o suficiente: ele não tem interesse em mudar, pois investiu no papel de vítima. 
E o sofredor fica cada vez mais preso no seu papel de vítima; ele se enterra cada vez mais profundamente nesse papel, que poderá acabar paralisando-o. 
Ambos vão ficar com raiva e culpar um ao outro.  

Vocês facilmente se simpatizam com as pessoas à sua volta e sentem pena delas. 
Os trabalhadores da luz, que têm o impulso de irradiar luz e consciência para a Terra, são especialmente sensíveis ao sofrimento dos outros.
 Para vocês é difícil ver o sofrimento numa escala global, como por exemplo, em regiões do mundo devastadas pela pobreza ou pela guerra, ou a destruição e poluição do ambiente.
 Mas quando se trata do sofrimento próximo a vocês, no seu ambiente pessoal, vocês são afetados muito mais profundamente. 
E é principalmente aí que vocês são desafiados a retirar o seu poder.

É importante perceber que você não ajuda ninguém tornando-se menor. Muitas vezes você pensa que, se você absorver e engolir parte das emoções da outra pessoa, você se conectará mais profundamente com ela e assim irá ajudá-la. Como se vocês tivessem dividindo o peso.
 Mas, ao assumir os problemas do outro, você apenas dobra esse peso.
 A sombra aumenta. Ao concordar com o sofrimento de outras pessoas, o seu poder fica fragmentado e exaurido pela negatividade delas.
 Você vai pensar que você mesmo não tem o direito de ser feliz, viver em paz e satisfeito, enquanto elas estão sofrendo. 
Este é um grave engano. Na verdade, o oposto é verdadeiro.

Ser verdadeiramente útil para alguém significa colocar a sua energia a serviço da solução do problema, não do problema em si. 
Para fazer isto, você precisa se fazer maior e não menor.
 Quanto mais autoconsciência e independência você irradia, mais você representa a “energia da solução” e mais você pode ser útil para os outros sem se esgotar. 
Quando você sofre com eles, na realidade você está apenas confirmando o problema. 
Se você fica centrado e calmo, sem ressoar com as emoções negativas do outro, você abre uma nova perspectiva, uma nova maneira de olhar para o problema. 
É exatamente não ressoando com a energia do problema que você lança uma nova luz nele.

A verdadeira orientação espiritual nunca envolve solucionar o problema dos outros, mas significa ser um farol de luz e percepção para eles, que reflete seus problemas de volta para eles, de uma forma que os capacita a lançar um novo olhar sobre esses problemas.
 A verdadeira orientação espiritual capacita-os a enxergar significado e valor nos problemas; ela lhes devolve o sentido de livre arbítrio e responsabilidade. 
Alguma coisa no seu interior toca o coração deles e inspira-os: é a energia do amor; é a energia da aceitação.
 Desta forma, você lhes oferece a “energia da solução”, não fazendo alguma coisa por eles, mas sendo essa energia. Isto é o trabalho da luz: ser o seu eu natural, estar em paz consigo mesmo e irradiar essa paz para os outros.
 Não é carregar a carga dos outros nem encontrar soluções para os problemas deles. 
É levar a energia da solução no seu próprio ser e compartilhá-la abertamente com os outros. Esta é a essência da sua missão na Terra, a essência do que significa “trazer luz”.

Ser fiel a si mesmo, cuidar bem de si mesmo e ouvir a sua intuição são pré-requisitos para ancorar a energia do amor na Terra. 
É isto que a sua alma quer para você. 
Sempre que você deixa os outros fugirem com a sua energia, ou doa demais de si mesmo por medo ou necessidade de controle, uma parte da sua luz se exaure e você tem que se recuperar e se curar emocionalmente para restabelecer seu equilíbrio natural e sua vitalidade.
 Observe como isto acontece no seu dia-a-dia.
 Quando você está preocupado com outras pessoas, com a forma com que elas o percebem ou com um meio de ajudá-las, e os seus pensamentos ficam girando em círculos, e as mesmas emoções ficam se repetindo, então é porque você caiu na rotina do medo e do controle. 
Com freqüência você tende a desistir da sua energia porque pensa que está melhorando as coisas ao ajudar pessoas ou ao resolver um problema delas. Mas, preste atenção: a sua contribuição realmente é útil à solução do problema ou ela confirma e assim perpetua o problema? 
Pergunte a si mesmo se você não está realmente servindo a um ídolo, em vez de servir à sua própria luz interior.

Tentar controlar as coisas geralmente parece correto e sensato, mas em geral é apenas o medo que o força a fazer isso. 
Com freqüência você se sente cansado e exausto devido às várias funções que você exerce nas diferentes áreas da sua vida, mas em geral você se prende a isso e sente que é obrigado a colocar mais energia ainda nisso. Você pensa que deve isso a alguém, a alguma organização, à sociedade ou até mesmo a Deus. 
Mas sempre que você se sente emocionalmente exausto, dando demais de si mesmo, é porque realmente está na hora de se liberar e encontrar algum lugar quieto para si mesmo.
 Está na hora de se desapegar do mundo e se voltar para dentro de si mesmo. 
Cortar os laços por alguns instantes e re-conectar-se com a sua criança interior é extremamente importante para se manter centrado e equilibrado. Ao se conectar com a sua criança, você também desperta o seu eu angélico, aquele que cuida da criança. 

Você se conecta com o seu “eu inferior” e com o seu “eu superior” e, sentindo-os internamente e ouvindo-os cuidadosamente, você começa a perceber como eles podem brincar juntos alegremente na sua presença. Fica claro o que você precisa fazer ou buscar para se tornar centrado e em paz outra vez.

ENCONTRANDO E SEGUINDO A SUA PAIXÃO

 Todo mundo nasce com uma paixão. 
Imagine que essa paixão é uma linda rosa vermelha. Imagine que, um pouquinho antes de nascer, você está de pé na beira do céu, segurando essa belíssima rosa vermelha em sua mão.
 Embora você possa estar hesitando para dar o salto para dentro do reino terrestre, inclusive se perguntando tristemente se você realmente está à altura disso, você percebe um fogo nas profundezas do seu ser, uma paixão que se apresenta a você como a rosa vermelha.

 Agora imagine que você dá o salto, encarna, e agora você carrega a rosa dentro de você, no seu abdome ou no seu coração.

 Deixe que a energia da rosa venha a você agora. Permita que a sua paixão original, a sua inspiração se apresente a você neste momento.

Dê uma olhada na rosa. Como é que ela está agora? Tome a primeira imagem que surgir na sua mente.

A rosa parece um pouco triste ou murcha, ou está brilhando vibrantemente?

Você vê um botão de rosa ou uma flor desabrochada? Ela precisa de alguma coisa de você neste momento?

Talvez mais água ou luz solar, ou um pouco mais de amor e atenção? Ou ela quer ser removida para algum outro lugar, para um ambiente mais acolhedor?

Imagine que você lhe dá exatamente o que ela precisa, e sinta como isto o afeta no nível interno.

Vermelho é a cor da Terra e do chakra básico ou raiz.

Vermelho é a cor da paixão. Geralmente você tem medo da sua própria paixão. Todos vocês têm medo de deixar esse fluxo original se expressar em suas vidas, porque ele vai contra o que a sociedade ou a tradição considera apropriado, correto e sensato.

No entanto, em cada um de vocês existe uma paixão original e uma inspiração que são a própria fonte da sua existência aqui e agora. Você não pode realmente se realizar e se inspirar, enquanto não permitir que essa energia flua na sua vida e oriente-a.

A essência da entrega como um estilo de vida é a entrega a si próprio, à paixão da sua alma, à inspiração que criou a sua vida presente.

Existem algumas formas de você reconhecer se está conectado com a paixão da sua alma.
 
1. Sentir inspiração – onde quer que ela flua, é lá que você precisa estar.
 
Entregar-se como um estilo de vida significa deixar-se guiar pelo que verdadeiramente o inspira.

A entrega não é uma energia passiva. Entregando-se àquilo que realmente o motiva e inspira, você abre a porta para um fluxo de energia ativo e animado em seu interior.

 Para descobrir esse fluxo por si mesmo, você precisa descobrir com que tipo de atividades a sua energia flui naturalmente. Que coisas fazem você se sentir feliz e em paz?

Em que tipo de ocupação ou busca você sente que as coisas se movem sem esforço e graciosamente?

 Qual é a essência dessas coisas ou atividades? Sinta a essência delas – e saiba que pode haver uma variedade de meios através dos quais a essência pode tomar forma.

 2. Ser fiel à sua própria natureza – aquilo que você faz naturalmente é aquilo em que você é bom.
 
Para reconhecer a sua paixão, você precisa entender que ela é sempre alguma coisa que é muito natural para você.

 É uma coisa, uma atividade ou ocupação, ou uma forma de expressão para a qual você é atraído, na qual você se sente interessado e gosta de procurar alcançar.

 É alguma coisa íntima e natural para você, quase auto-evidente do seu ponto de vista. Para realizar o seu dom natural, pode ser que você tenha que aprender algumas habilidades ou buscar alguma educação formal, mas, para você, fazer isso será relativamente fácil e alegre.

 A sua paixão é algo com que as suas capacidades e talentos estão sintonizados; ela envolve atividades nas quais você é bom desde o começo.
 
3. Manter limites claros e ousar dizer “não” – leve-se a sério.
 
Você está no fluxo da entrega a si mesmo, se você se leva a sério o suficiente para dizer não para coisas e pessoas que inibem ou cortam esse fluxo.

Você só pode seguir a sua paixão, se ousar dizer não para aquilo que não se ajusta a você ou não lhe parece certo.

Entregar-se a si mesmo, à sua inspiração exclusiva, implica em ser precoce e teimoso às vezes, em ficar separado e confiar nas mensagens do seu coração, mesmo se as pessoas digam que você é bobo ou insensato.

 É uma questão de lealdade consigo mesmo.

Atreva-se a ser grandioso, atreva-se a fazer uma diferença!

Realmente não há outra alternativa, você sabe.

A alternativa seria o seu fluxo natural de inspiração ficar emperrado e secar e você começar a se sentir frustrado, vazio, zangado e insatisfeito.

 Se você não escolhe a si mesmo, você escolhe contra você.

 Então a energia da rosa – a sua paixão – se recolhe e isto cria problemas psicológicos, como solidão, estranhamento e finalmente depressão. Portanto, atreva-se a dizer não, atreva-se a ocupar espaço, a ocupar um espaço com limites claros.

Não tema ser “egotista”, de acordo com os padrões dos falsos deuses.

4. Paciência e ritmo – faça-o passo a passo.

Se você estiver conectado com a energia da sua alma, com a sua inspiração, ela vai clarear o caminho para você, na sua vida cotidiana.

As oportunidades (na forma de pessoas ou situações que você encontrar) vão chegar a você num passo e ritmo que lhe sejam convenientes.

 Se quiser ficar sintonizado com esse fluxo de manifestação, mantenha-se no presente e tome-o passo a passo.

Tente não correr na frente de todas as coisas que precisam acontecer para que os seus sonhos e a sua paixão se realizem.

A vida cuida de você, você não precisa tomar conta da vida. Simplesmente sinta a sua paixão e coloque-a nas mãos do seu Deus interior.

Deixe que o seu anjo interno sustente e tome conta dos desejos e anseios da sua criança interior.

  Entregue e confie!

 
Agradeço muito a todos vocês por estarem aqui hoje.

É um grande prazer estar com vocês e lembrar que o Eu que está falando isto também representa muito a própria energia de vocês.
 
 É a sua própria energia que lhes acena e os convida: atrevam-se a viver, atrevam-se a ser quem vocês são!
 

© Pamela Kribbe
www.jeshua.net

Tradução: Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br

Revisão: Luiz Corrêa.




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